quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sobre as nossas missões...

No final de 2008 amarrei uma daquelas fitinhas de Nossa Senhora no braço. Depois de uns dois anos me dei conta de que a fitinha ainda estava lá. Fiquei um pouco chocada. Achava que essas fitas ficavam alguns meses e de repente, sem o nosso consentimento elas caiam. Mas não. A minha não queria cair de jeito nenhum. Eu comecei a ficar assustada, a fita já estava velha e feia e nada de cair... Passei a tirar conclusões de que quando a fita caísse uma grande tragédia aconteceria. Eis que um belo dia, na verdade uma bela tarde, estava eu, fazendo uma 'entrevista' para um estágio, quando me dei conta. 'Cadê a fita?'. O cara falando comigo, e eu só pensava na fita. Ela não estava lá e eu não tinha ideia de onde ela poderia estar. Senti um vazio. Senti medo. Senti falta da fita velha e feia. Só me restava aguardar a tal da tragédia.

 (Olha ela ali...)

De fato, grandes coisas aconteceram depois da queda da fita. Eu fui no show do Red Hot Chili Peppers com o Raul, a Caca e meu primo Thiago (sobre isso eu falo em outra ocasião), a nossa Madrinha Eugênia que estava morando aqui em casa voltou pra casa dela, eu consegui um estágio na minha área, e é iminente a mudança da Bruna (minha prima) pra casa dela. 

Depois de 11 anos morando na minha casa, talvez eu, meu pai, minha mãe e a cacá, possamos viver de forma integral esse quarteto que Deus criou. Quem conhece nossa história, sabe que nem sempre foi assim.

Sinto-me aliviada, e feliz com essas mudanças. Mas acima de tudo sinto-me satisfeita em ter cumprido as missões que me foram confiadas. Passei os últimos 3 meses estudando engenharia e fazendo estágio em enfermagem, psicologia, geriatria e gerontologia. Não foi tempo perdido. Aprendi coisas que faculdade nenhuma é capaz de ensinar, aliás a minha vida é cheia dessas... já aprendi muito fora de sala de aula, e aprendizados esses, que me tornam cada dia melhor.


(Eu e Gege, Gege e Eu)

(Tenha sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos…)

("Nosso amor pela pessoa velha não deve ser uma opressão, uma tirania a inventar cuidados chocantes, temores que machucam. Façam o que bem entendam, cometam imprudências, desobedeçam conselhos. Libertemos os velhos de nossa fatigante bondade")

Hoje sinto-me plena e feliz. De manhã cuido da minha casa, da minha irmã, da Zelda... á tarde vou pro meu estágio, depois pra facul... consegui até voltar a estudar mandarim caseiro. Enfim... anseio agora por novos desafios, que venham mais pessoas precisando de ajuda... ou quem sabe não sou eu que preciso de cuidados e vigilância?... whatever... Nesse momento oque eu penso é que na próxima sexta-feira, tomarei uma das Cervejas mais merecidas da minha vida, com sabor de dever cumprido!

2 comentários:

  1. É isso ae ju como diz a nossa amiga loira Bud, !
    "Great times are coming"

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  2. Não há nada como o sentimento de "dever cumprido", e principalmente, de sentir-se útil para com as pessoas e com o mundo. perceber uma evolução e um aproveitamento das experiências vivênciadas.
    Tenho uma teoria, chamada "teoria do merecimento", mas isso é para uma outra ocasião!
    Parabéns e continue assim!

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